HISTÓRIA DA FITOTERAPIA

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A palavra Fitoterapia vem do grego: phyton (planta) e therapia (tratamento), significando literalmente tratamento por meio das plantas medicinais. O termo foi criado para designar práticas tradicionais nas quais os recursos vegetais eram utilizados como medicamentos.

Durante séculos, a fitoterapia esteve associada ao saber popular e às tradições empíricas. Com o avanço tecnológico da indústria farmacêutica, sobretudo nas décadas de 1950 e 1960, o uso das plantas ficou em segundo plano, sendo muitas vezes considerado secundário ou de menor valor terapêutico. No entanto, nas últimas décadas, o interesse científico pela fitoterapia ressurgiu com força, graças à comprovação de diversas ações farmacológicas relevantes, além de seu excelente custo-benefício.

Historicamente, a fitoterapia se confunde com a própria história da farmácia, pois até o século XIX a maioria dos medicamentos era formulada à base de plantas. O conhecimento inicial sobre as propriedades curativas dos vegetais surgiu de forma intuitiva ou pela observação dos animais, que buscavam ervas específicas quando adoeciam.

Em 1873, o egiptólogo alemão Georg Ebers descobriu um rolo de papiro que começava com a frase: “Aqui começa o livro relativo à preparação dos remédios para todas as partes do corpo humano”. Hoje se sabe que esse manuscrito, conhecido como Papiro de Ebers, é o mais antigo tratado médico egípcio existente, datado de cerca de 1.500 a.C. Ele comprova que, dois mil anos antes do surgimento dos primeiros médicos gregos, já havia no Egito uma medicina organizada baseada em plantas como zimbro, funcho, alho, sene, lírio e linhaça.

Esse saber foi transmitido à Mesopotâmia, onde médicos babilônios já utilizavam cerca de 250 plantas e minerais em suas fórmulas, incluindo o cânhamo indiano como analgésico para reumatismo. Mais tarde, os gregos herdaram e aperfeiçoaram esses conhecimentos. Hipócrates (considerado o pai da medicina) compilou-os no Corpus Hippocraticum, indicando remédios vegetais específicos para cada enfermidade. No século I, Dioscórides catalogou em seu célebre tratado De Matéria Médica mais de 500 drogas de origem vegetal, mineral e animal.

No século II, o grego Galeno desenvolveu métodos farmacêuticos mais sofisticados, dando origem à chamada farmácia galênica. Nela, as plantas passaram a ser preparadas com solventes como álcool, água e vinagre, criando formas farmacêuticas mais eficazes, como unguentos, extratos e emplastros.

Durante a Idade Média, embora o progresso científico tenha sido limitado, monges copistas preservaram e transmitiram o conhecimento das plantas medicinais em mosteiros. Já no Renascimento, com o florescimento da observação direta, das grandes navegações e da exploração de novas terras, houve um salto no estudo da flora medicinal. A partir do século XV iniciou-se uma ampla catalogação de plantas, culminando em 1735 com o Systema Naturae, de Lineu, que estabeleceu a base da classificação botânica moderna.

Atualmente, a fitoterapia ocupa lugar de destaque no mundo científico. As faculdades de farmácia e centros de pesquisa em todo o mundo investigam diariamente novas plantas, suas composições químicas, mecanismos de ação e formas galênicas de apresentação. Hoje, a fitoterapia deixou de ser considerada apenas uma tradição popular e consolidou-se como um campo sólido de conhecimento, que une saber ancestral e validação científica moderna.

Luiz Simarro

FENATE – GO 0035

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  TEOFRASTO. Historia Plantarum. c. 300 a.C.

  DIOSCÓRIDES, P. De Materia Medica. 50–70 d.C.

  MONARDES, N. Historia Medicinal de las cosas que se traen de nuestras Indias Occidentales…. Sevilha: Fernando Díaz, 1565.