Prisão de Ventre: Causas, Consequências Físicas e Emocionais

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A prisão de ventre, também chamada de constipação intestinal, é um distúrbio comum que afeta milhões de pessoas no mundo. Caracteriza-se por evacuações infrequentes, fezes endurecidas, esforço excessivo e sensação de esvaziamento incompleto. Embora muitas vezes seja vista apenas como um desconforto, a constipação pode gerar repercussões significativas tanto no corpo quanto na mente.

Causas mais comuns

  • Dieta pobre em fibras: excesso de alimentos refinados, ultraprocessados e açúcares simples.
  • Baixa ingestão de líquidos: fezes tornam-se mais secas e difíceis de eliminar.
  • Sedentarismo: a falta de movimento reduz a motilidade intestinal.
  • Uso de medicamentos: antidepressivos, analgésicos opioides, antiácidos com alumínio, entre outros.
  • Fatores emocionais: estresse, ansiedade e depressão alteram o funcionamento do eixo cérebro-intestino.
  • Hábitos inadequados: adiar a evacuação, rotina irregular e falta de horários fixos.

Consequências físicas

  • Inchaço e dor abdominal: resultado da retenção de gases e fezes.
  • Hemorróidas e fissuras anais: devido ao esforço excessivo.
  • Absorção de toxinas: o acúmulo prolongado de fezes favorece a fermentação e a putrefação de resíduos alimentares. Isso leva à liberação de amônia, indóis, fenóis e outras substâncias tóxicas que podem ser reabsorvidas pela mucosa intestinal, sobrecarregando fígado e rins.
  • Disbiose intestinal: desequilíbrio da microbiota, aumentando inflamação e reduzindo imunidade.
  • Doenças associadas: maior risco de síndrome metabólica, câncer colorretal e distúrbios hepáticos.

Consequências emocionais

O intestino é altamente conectado ao sistema nervoso central pelo eixo cérebro-intestino. Quando a evacuação é difícil ou dolorosa, a pessoa tende a apresentar:

  • Irritabilidade e ansiedade.
  • Alterações de humor e fadiga.
  • Sensação de peso, mal-estar e redução da qualidade de vida.
  • Em alguns casos, sintomas depressivos, pois cerca de 90% da serotonina é produzida no trato gastrointestinal.

🔹 Conclusão

A prisão de ventre não deve ser encarada apenas como um incômodo passageiro, mas sim como um sinal de desequilíbrio que pode gerar consequências físicas importantes e sofrimento emocional. O cuidado deve envolver mudanças alimentares, hidratação, atividade física, regulação do estresse e, quando necessário, suporte fitoterápico e nutricional.

Luiz Simarro

Referências Bibliográficas

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